sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Pagão de carteirinha

Porque não posso ser pagão? Porque descrer é algo ruim? Oras, consta no manual do religioso seja ele de final de semana ou não que se deve amar ao próximo, certo? Aliás, as pessoas não querem pensar sobre suas crenças, não querem discutir o assunto, geralmente é demais para elas, é inaceitável . E se você parar para pensar (se ainda não parou de ler o texto) se vai a igreja deve ser no mínimo hipócrita. Você só não é se segue os 10 mandamentos e os preceitos escritos na bíblia à risca, caso contrário meu amigo ou amiga, é sim ou é um manipulador. Seria o mesmo que ir ao estádio e sentar na torcida adversária, ou que seguir as leis que você quer. Chegar a ser engraçado de tão óbvio. Mas se ainda não é o suficiente, digo mais...Ter uma religião em particular é implicar que todas as outras existentes estão erradas, porque deus é único, onipotente, bla bla bla, e logo haverá divergências religiosas, e logo, mais cedo ou mais tarde haverá guerras santas, senão entre nós, então entre nossos líderes. E não tem em nenhum lugar escrito explicitamente que se deve matar em nome de deus, tem? Ah, nem a mim, ok!? Se você for mulher, então piorou. Mulher não tem vez na bíblia. Bom, tem sim, mas como vassala do homem, não há igualdade entre homens e mulheres, se você nasceu mulher, nasceu para servir ao homem e olha que toda essa histeria começou com uma mulher que foi engravidada, sem ser tocada diga-se de passagem, por um ser alienígena (a definição correta da palavra é estrangeiro, estranho ou desconhecido). E depois o filho dela passou a escutar vozes superiores que diziam a ele o que fazer. Parece coisa de doido não? Já imaginou se todo mundo ouvisse vozes? Bom, não é bem assim, tem alguns poucos com essa capacidade diz o livro. Mas a história é essa aí mesma. Só que racionalizada, sem fantasia, sem nomes bonitos, sem enfeites e principalmente sem pré-conceitos estabelecidos por outras pessoas. E mesmo assim não sou contra a deus e nem mesmo contra os religiosos, só quero minha liberdade de não crer ou de crer no nada. A religião pra mim existe como os livros de auto-ajuda. Você sabe o que deve ser feito, como tratar seu próximo, como ser legal, como ser bom, mas precisa de alguém pra te falar tudo isso. Precisa de alguém uniformizado pra simbolizar o guia. E com a farda apropriada e um discurso incentivador e amoroso é possível ajudar. E eles ajudam. É necessário. A vida é dura e curta. A gente sofre, perde pessoas inexplicavelmente e quando percebe, tem 70 anos e um corpo falho que mal se lembra da sombra daquilo que um dia foi e aí você precisa ser egoísta e acreditar que vai viver pra sempre. E se a gente vai viver pra sempre porque estamos aqui perdendo tempo? Porque não morremos logo para aproveitar tudo isso? Alguns pensam assim e morrem ou simplesmente não evitam morrer. Mas prefiro não pensar na morte e me concentrar na vida. Nesta única vida que tenho e que não terei mais. Já pensei muito na morte e no dia que deixarei de existir e tudo o que consegui com isso foi aflição, aperto no peito, foi vontade de querer fazer tudo rapidamente, de querer amar minha mulher, de ter meus futuros filhos e de beijar e abraçar minha família e meus amigos. Mas pelo menos eu não fui egoísta. E nem preconceituoso. Eu aceito seu deus, mas defendo meu ponto de vista de que talvez, eu disse talvez, não exista um. Porque você não pode aceitar a mim?

Um comentário:

  1. é q se vc reler seu texto, vai perceber q vc não aceita o deus dos outros, mas, sim, quer q os outros pensem como vc pensa, saca? por isso seu discurso sobre religião soa estranho... e tb por ser superficial, assim como é, aparentemente, a fé cega... ou seja, vc acreditar no nada é a mesma coisa q acreditar cegamente em deus... deu empate.

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