segunda-feira, 8 de julho de 2013

Vejo muito nas mídias sociais um certo tipo de pessoa que promove revolução, revolta, discussão e por aí vai. Como minha timeline tem muita gente nova acabo por fazer um paralelo com a juventude brasileira das classes mais abastadas obviamente... Digo obviamente, porque com certeza não dá pra pensar que no sertão nordestino ou no interior (mais interior?) do Mato Grosso do Sul a população miserável que reside está conectada. Sendo assim, este paralelo é ainda mais assustador já que estamos tratando de uma classe teoricamente mais instruída, provida de informações e que entende o mínimo dos problemas e qualidades deste lindo país. Bom, muitas (não todas) destas pessoas que querem a mudança do país são as mesmas pessoas que sem querer (querendo) estão destruindo o Brasil com atitudes que consideram inofensivas. A primeira que posso citar é fumar maconha. Se caso o senhor que está lendo meu texto é um maconheirinho de plantão, eu lhe explico qual é sua parte no esquema que alimenta os mesmos corruptos e as mesmas injustiças que vossa excremência insiste em dizer que é contra:

Vamos dizer que que você gaste 30 reais comprando uma certa quantidade de maconha. A não ser que você tenha plantado, pode ter certeza de que o "produto" que está recebendo não é 100% puro, então, o custo de produção para esta mesma quantidade está bem abaixo disso. Sendo o tráfico de drogas uma empresa que não preza pela qualidade e não está nem aí para os seus consumidores, o senhor pagou 30 reais por algo que custou apenas 10 reais (uma estimativa conservadora). Este lucro de 20 pilas serve para refazer a operação, gasta-se 10 para produzir, e embolsa-se 10 pra os outros desmandos. Assim, de 20 em 20 reais, se multiplicarmos o número de pessoas por 1 milhão, teremos números absurdos com lucros mais absurdos ainda. O dinheiro ganho nesta operação é usado para várias coisas, fazer mais maconha, financiar a corrupção da polícia, financiar o armamento do tráfico, promover a violência, além do que a maconha pode servir de escada para outras drogas ainda mais fortes e mais nocivas, ou seja, quando você vai a boca e compra 30 reais de maconha, pode ter certeza, que em 1 ano esta sua grana, virou 1 milhão de reais nas mãos dos traficantes que você insiste em ir pra rua combater com cartazetes com palavras de ordem.

Escrever e compartilhar textos em mídias sociais não tem fazem uma pessoa melhor, o que te faz uma pessoa melhor é você parar de usar drogas, e se você faz uso, te digo uma coisa, seu lugar é na cadeia junto com os outros bandidos. Ser revolucionário com cama, comida quentinha e roupa lavada enquanto o senhor alimenta o banditismo no Brasil é uma enganação digna do que o governo faz com a gente todos os dias.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Preconceito virtual

Lendo um artigo que o Elton me mandou (o autor é o Hermano Vianna, pra ler o original clique aqui), me dei conta de uma situação real e que me incomodou amplamente e por isto resolvi escrever sobre o assunto. O facebook é elitista, bairrista e preconceituoso. Vou dar umas linhas pra você se acostumar com a ideia, porque ainda quero acrescentar outra palavra nesta lista: mentiroso (mas esta palavra será amplamente explorada em outro texto). Então acostume-se...
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Bom, lembro que assim como o autor do artigo quando eu conheci a internet ela ainda não tinha www e que nós que acessávamos éramos tratados como esquisitos e bitolados por todo o resto. A gente era nerd, cdf, estranho, não existia o termo bonitinho do geek e muito menos it-qualquercoisa (outro termo escroto), a gente era tachado de idiota mesmo, de babaca, de gente que não era legal... se jogasse RPG e videogame então aí era um palhaço completo, como eu. Neste momento quero fazer uma menção aos meus amigos palhaços, e dizer que todos sem exceção são profissionais bem sucedidos nas mais diversas áreas. Hoje isto não é padrão, nerd pode ser tão vagabundo quanto qualquer outro e na minha época acho que isto também era igual, a diferença é que o número de nerds ou aumentou ou saiu do armário pra usar um termo mais conhecido. Vamos ao ponto: o facebook.

Quando entrei no facebook, migrando do orkut por razões que me pareciam óbvias, não me dei conta que tinha sido afetado por uma certa soberba de que o orkut tinha virado um território empobrecido intelectualmente e visualmente. De maneira amplamente preconceituosa eu saí do orkut e passei a fazer campanha para outros fazerem o mesmo. Engraçado é que só convidei os que julguei intelectualmente a altura do novo ambiente e excluí automaticamente da minha lista os que achava que só trariam malefícios, gifs, textos imbecis, fotinhas de focas, coisas antiquadas e por aí vai e não me dei conta que é isto que faz um país decente: diversidade. Não tenho desculpas para minha atitude e sei que você deve ter feito o mesmo, então cabe aqui a primeira reflexão: Como a gente pode querer o bem estar de todos em todas estas manifestações se no primeiro momento possível queremos "conviver" apenas com as pessoas que julgamos serem adequadas a nós? É preconceito puro. É egoísmo, elitismo, bairrismo. E esta é a primeira noção de que o facebook está matando nossa capacidade de aceitação porque lá hoje a tônica é: se não gosto, excluo e excluo porque não quero tolerar, não tenho vontade de entender e muito menos aceitar. Além disso, a gente não se deu conta de que o facebook é uma empresa privada que visa o lucro. É um ambiente totalmente controlado que é regido por regras estabelecidas por gente que só espera obter lucro com a nossa presença. Claro que eles querem oferecer um produto bom, que entregue entretenimento social, etc, mas o objetivo final é ter lucro. E não me entendam mal, eu acho isso legal, sou a favor do capitalismo e das empresas obterem seus lucros de forma justa, mas existe uma confusão em relação ao facebook e meus olhos só abriram agora em relação a isso. O que a gente escreve lá só ficará online se o facebook quiser ou então se perderá no tempo e nada do que fizemos, falamos, registramos ficará para posteridade. Aliás, tem gente que nem "acessa" mais a internet, só o facebook por assim dizer. Parece que não há mais vida além disso, já pensou se o facebook fecha amanhã, como ficaria sua vida? Então eu acho que precisamos mudar de atitude (aqui reconheço meus erros e tentarei mudar), precisamos valorizar a diversidade de opinião. Precisamos ir além do facebook, precisamos sair do mundo virtual pra ver se a gente consegue ser gente real de novo. Este elitismo parece ter tomado conta em diversos aspectos e isto foi amplamente visto nas manifestações, foi amplamente visto nos diversos vídeos espalhados pela internet mas só visto por pessoas com conta no facebook. Espero que isto mude, espero sinceramente que mais mídias sociais apareçam pra combater o que hoje é um monopólio elitista e controlador. Por enquanto as perspectivas e prognósticos não são bons, veremos se as pessoas mudam, pra mudar este conceito de que legal é só aquela pessoa que faz de uma certa rede ou se veste de uma certa maneira, entre outros argumentos desta mesma natureza.

Chatices

Eu deveria escrever mais sobre as coisas que me incomodam, sobre os desmandos e principalmente o que eu acho ou não correto, mas me falta tempo, hehehe, mentira, me falta disciplina, falta de tempo é uma desculpa de adolescente, e isto eu não sou faz tempo. Não que tenha alguém interessado nas minhas opiniões, mas eu gosto de falar pra tirar do meu sistema, externar problemas e pensamentos de forma que eles fiquem gravados só porque eu gosto de ser chato e dizer: Tá vendo?! Faz X anos que falo isso ou falei isso mês passado, etc, etc... Faço isso de vez em quando em mídia social, mas lá é tudo muito aberto, e fixo exposto a interpretações que podem confundir com minha profissão e aqui vem quem realmente quer ler alguma coisa, então escrevo literalmente pra umas 5 pessoas de cada vez. Tá, então fica combinado, eu vou tentar escrever mais e você vem pra ler e se quiser escrever fique à vontade.