terça-feira, 30 de novembro de 2010

Seu organismo e a bebida alcóolica: Bem didático.

Texto retirado de "O bar do Zé"

Você vai ao bar e bebe uma cerveja. Bebe a segunda cerveja, a terceira, e assim por diante.

O teu estômago manda uma mensagem pro teu cérebro dizendo "Caracas véio... o cara tá bebendo muito líquido, tô cheião!!!" Teu estômago e teu cérebro não distinguem que tipo de líquido está sendo ingerido, eles sabem apenas que é líquido.

Quando o cérebro recebe essa mensagem ele diz: "Caramba, o cara tá maluco!!!

E manda a seguinte mensagem para os rins "Cara, filtra o máximo de sangue que tu puder, o hômi aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo pra fora" e os rins começam a fazer até hora-extra, filtram muito sangue e enchem rápido a bexiga.

Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, esse 1º xixi é com a cor normal, meio amarelado, porque, além de água, vêm as impurezas do sangue.

O rim aliviou a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estômago manda outra mensagem pro cérebro "Cara, ele não pára, socorro!!!" E o cérebro manda outra mensagem pro rim: "Véio, estica a baladeira, manda ver aí na filtragem!!!"

O rim filtra feito um louco, só que, agora, o que ele expulsa não é o álcool ele manda pra bexiga apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as mijadas seguintes são transparentes, porque é água. E quanto mais você continua bebendo, mais o organismo joga água pra fora, e o teor de álcool no organismo aumenta, e você fica mais "bunitim".

Chega uma hora em que você tá com o teor alcoólico tão alto que teu cérebro desliga você. Essa é a hora em que você desmaia... dorme... capota...resumindo: essa é a hora em que o teu ... não tem dono!

Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno pro corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber, e a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele".

Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o cérebro dá a seguinte ordem pro sangue "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira a água deles, e assim a gente consegue jogar esse veneno fora".

O sangue é como se fosse o Boy do corpo. E como um bom Boy, ele obedece às ordens direitinho e, por isso, começa a retirar água de todos os órgãos. Como o cérebro é constituído de 75% de água, ele é o que mais sofre com essa "ordem", e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca.

Então sei que, na hora, a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam de meia em meia hora um copo d'água, porque na medida que você mija, já repõe a água.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O direito ao foda-se

Justiça seja feita, o texto é erroneamente atribuído ao Millor, quando na verdade o autor real é o Pedro Ivo Resende.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua.

“Pra caralho”, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que “Pra caralho”? “Pra caralho” tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do “Pra caralho”, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso “Nem fodendo!”. O “Não, não e não”! E tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade ”Não, absolutamente não!” O substituem. O “Nem fodendo” é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo “Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!”. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o “porra nenhuma!” atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um “é PhD porra nenhuma!”, ou “ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!”. O “porranenhuma”, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos “aspone”, “chepone”, “repone” e, mais recentemente, o “prepone” - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um “Puta-que-pariu!”, ou seu correlato “Puta-que-o-pariu!”, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba…Diante de uma notícia irritante qualquer um “puta-que-o-pariu!” dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso “vai tomar no cu!”? E sua maravilhosa e reforçadora derivação “vai tomar no olho do seu cu!”. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: “Chega! Vai tomar no olho do seu cu!”. Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: “Fodeu!”. E sua derivação mais avassaladora ainda: “Fodeu de vez!”. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? “Fodeu de vez!”.

Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de “foda-se!” que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do ”foda-se!”? O “foda-se!” aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta.”. Não quer sair comigo? Então foda-se!”. “Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!”.

O direito ao ”foda-se!” deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e FODA-SE.

Maldito Mundo Moderno

Fantástico texto do Chico Anysio escrito só com a letra M.

Mundo moderno, marco malévolo, mesclado mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutáias, majestoso manicômio.

Meu monólogo, mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio maior, maldade mundial.

Madrugada... matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna, monta matumbo malhado, munido machado, martelo... mochila mucha, margeia mata maior.

Manhãzinha move moinho moendo macaxeira, mandioca.

Meio dia mata marreco... manjar melhorzinho.

Meia noite mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua mas monocórdia, mesmice.

Muitos migram mascilentos, maltrapilhos, morarão modestamente: malocas metropolitanas; mocambos miseráveis, menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo.

Metade morre... mundo maligno, misturando mendigos maltratados... menores metralhados, militares mandões, meretrizes marafonas, mocinhas, mera meninas... mariposas, mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas... mundo medíocre.

Milionários montam mansões magníficas, melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos magnatas manobrando milhões mas maioria morre minguando.

Moradia meia-água, menos, marquise.

Mundo maluco, máquina mortífera, mundo moderno melhore, melhore mais, melhore muito, melhore mesmo.

Merecemos... maldito mundo moderno, mundinho merda.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Quando você se acostuma com algumas coisas invariavelmente acaba transferindo certas expectativas para outras. Só que as vezes algumas delas são simplesmente impossíveis porque uma coisa é totalmente diferente da outra. Aí comecei a pensar que eu poderia não estar sozinho pensando nessas bobagens e passei a difundir esse pensamento, bom, na verdade, quem me deu o start foi um amigo meu quando sem querer ele acabou me lembrando desta teoria antiga e empoeirada. Bom, a coisa toda gira em torno do computador. É porque me faz uma falta danada o CONTROL+Z (na verdade a sigla correta é CTRL+Z) ou menu, editar, desfazer. Como a gente se acostuma com uma coisa tão simples como essa? Simplesmente não consigo desfazer algumas coisas com a mesma facilidade que as desfaço no computador. Sabe aquele negócio ruim que você perdeu dinheiro? Então, CTRL+Z. Sabe aquele porre homérico que você tomou e só fez cagada? CTRL+Z pra esquecer e nunca mais pensar nisso. A Pri me falou que sente saudades do CTRL+Z quando está pintando. Disse que as vezes tá lá no rodapé do quadro e a mão dá aquela escorregada. Foda não pensar nisso a todo instante né? E o pior é que não dá. Mas quem me conhece sabe que tirando minha vontade pessoal de desfazer sandices, o que eu realmente preciso é de um CTRL+L (localizar). E não preciso de um simples localizar. Preciso de uma busca detalhada, por local ou quem sabe, data aproximada da perda do objeto. CTRL+L “Chave”. Lindo. Nunca mais ia perder nada. CTRL+L “Carteira”. Pensa? Eu ainda teria a original até hoje (que foi emitida em 1987). Talvez precisasse de uma nova pela data e tal, mas isso não vem ao caso porque eu teria a carteira de identidade antiga. Pra que eu quero a minha RG antiga? Pra porra nenhuma. Só não quero é perder. Aliás, isso é quase uma constante. CTRL+L “Óculos de sol”. Ou no caso da turma que fuma CTRL+L “Isqueiro”. Mas aí é certeza que ia estar tudo no C:\Rudrigo. Falando em turma, pensa o que um CTRL+X não faria de sucesso na hora de mudar de casa. Era só recortar todos os pertences de uma casa e colar (CTRL+V) na outra. Quem disse que mudar não é fácil? Só é difícil de verdade, porque no computador quando quero mudar alguma coisa de lugar mesmo que esse lugar esteja nas infinitas pastas Documents And Settings é a maior moleza. Bom seria né? Da mesma forma age o CTRL+C (copiar), CTRL+V. Essa serve pra quando você está no posto num calor fenomenal e lembra que precisa calibrar os pneus. Ótimo! Calibre o primeiro e repita o processo para os próximos apenas pressionando duas teclas. Nada de esquentar a moringa e pingar de suor. Apenas copie a primeira vez que você abaixou e calibrou o primeiro pneu e cole a mesma coisa para o restante. Simples, rápido e eficiente. Também ia gostar também do poder que o CTRL+ALT+DEL me daria. Porque com ele eu posso fechar qualquer coisa indesejada. Senta só… Se o trabalho.exe está carregando sua memória e faz você ficar mais lento, então dê um CTRL+ALT+DEL e mande fechar essa tarefa. Chego até a sentir o gosto de estar sentado puto na cadeira do escritório e depois de fechar o trabalho.exe como num passe de mágica estar em casa desfrutando das minhas comodidades. Tem outras coisas boas de fechar: chefe.exe, dívida.exe, temporal.exe, ressaca.exe entre outros. Hehehe, tava pensando numa outra aqui. Tem uns caras que eu queria estar sempre no “Aparecer offline”. Nunca, mas nunca o fulano ia me achar, nem falar bobagem no meu ouvido. Dava pra ficar horas aqui falando disso. Melhor fechar esse texto.exe ou quem sabe formatar meu hd e começar tudo novo. Tá aí uma boa pedida. Começar tudo de novo pra fazer ainda melhor que no ano passado. Ou seja, CTRL+N.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Auto-ajuda empresarial

Sou muito radical quando se trata de cursos de orientação profissional, consultoria entre outros 20 tipos diferentes de nomes que significam sempre a mesma coisa: ganhar dinheiro de gente desesperada.

Talvez você não tenha percebido, mas a fórmula do sucesso não existe. O que vale pra um, não vale pra outro e te digo mais, como assim alguém desempregado pode ministrar qualquer curso sobre a fórmula infalível do sucesso? Não entendo. Realmente não entendo esse tipo de auto-ajuda empresarial. Sem brincadeira, tirando uns 2 cursos sérios disso, entre eles o Empretec, o resto é exatamente isso: resto. Quem fez 1 fez todos. Não tem novidade. Pra você se dar bem na vida é só você saber o seguinte: trabalhe bastante, seja bom no que faz e não ferre a sua vida com coisas ruins. Simples assim. Não tem mágica. Aliás, a mágica é esta aí e ninguém te explica isso. Você fica lá vendo (e pior, ouvindo) o cara falar dos 5 pilares do sucesso, dos 12 degraus da estabilidade, 10 atitudes positivas no ambiente de trabalho, e tópicos como: ser pró-ativo só traz bons resultados, vista-se bem para ser bem visto e essas coisas que todo mundo já sabe. Porque pelamor, se você não sabe que precisa estudar, trabalhar bastante e cortar o cabelo e fazer a barba direitinho todos os dias para ser um homem sério, então meu amigo f@#$... E se você gosta que seu cabelo seja comprido e de ter barba, é só aparar e cuidar que tá ótimo. Com bigode ou sem bigode você será um grande profissional. Eu ia até citar uns charlatões aqui. Mas acho sacanagem falar mal dessa turma que tá aí pra uma única coisa: ganhar seu precioso dinheirinho falando o que você já sabe fazer mas só precisa de outra pessoa dizendo pra você se conformar. Isso é igual eu falo sobre dieta. Todo mundo sabe que bacon engorda. Mas fica se enganando dizendo que só 1 fatiazinha não afetará a dieta. Granitinho? Humm, só 1. Cara, coma brócolis. Cara, estude. Cara, admita que você não sabe o suficiente e estude mais. Não existe fórmula, existe apenas força de vontade.

Seja sincero consigo mesmo uma vez na vida e talvez você descubra que seu salário não é tão ruim assim, que sua vida não é do jeito que você queria mas é do jeito que você fez por merecer. Corra atrás. Geralmente quem está fazendo curso de coaching entre essas outras baboseiras não tem tempo pra fazer o que realmente importa que é melhorar seu desempenho naquilo que você já faz.

Se você não concorda com nada disso que eu escrevi eu recomendo apenas uma literatura pra você não gastar seu dinheiro. Compre O Segredo. Ao menos ele não quer te enganar por 6X 65,50. É bem mais barato que isso e você pode até ler no banheiro.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Teses Tarantinescas

Geralmente quadrinhos de super-heróis são algo que pouco ou nada interessa a maioria das pessoas, mas tem uma teoria apresentada no Kill Bill que me fez pensar que eu poderia compartilhar mais uma bobagem com quem ainda perde tempo vindo aqui.

Teoria do Super-Homem

Todo mito de super-herói tem o herói e seu alter ego. Batman é Bruce Wayne. O Homem-Aranha é Peter Parker, quando acorda pela manhã, ele é Peter Parker. Ele precisa pôr um uniforme pra virar o Homem-Aranha.

E nesse quesito o Super-Homem se diferencia dos demais. O Super-Homem não virou Super-Homem, ele nasceu o Super-Homem. Quando ele acorda de manhã, ele é o Super-Homem. O alter ego dele é o Clark Kent. Seu uniforme, com o “S” vermelho é o cobertor no qual os Kent enrolaram o bebê quando o acharam, é a roupa dele. O que Kent usa, os óculos, o terno, é um disfarce que o Super-Homem usa para se passar por um de nós. Clark Kent é como o Super-Homem nos vê. E quais são as características de Clark Kent? Ele é fraco é inseguro e covarde. Clark Kent é uma crítica do Super-Homem à toda raça humana.”

Aí quando lembrei dessa passagem do Kill Bill, acabei lembrando do Quentin Tarantino e do curta das Teses Tarantinescas do Selton Mello e do Seu Jorge. De tão fissurado que sou acabei transcrevendo as teorias aí embaixo, mas o curta está aqui -> http://www.youtube.com/watch?v=Fknp2aDXQyU


Teses Tarantinescas

1ª Tese Tarantinesca
Like a virgin da Madona – história de uma mulher rodada que já tinha dado muito que um dia encontra um cara com uma piroca enorme que faz ela sentir a pressão de ser virgem de novo.

2ª Tese Tarantinesca
Top Gun – filme de viado, porque o Tom Cruise passa o filme inteiro suado, sujinho de areia decidindo quem é que vai na traseira de quem.

3ª Tese Tarantinesca
A tese começa no Cães de Aluguel quando o Mr. Blonde vai agradecer o Joe os favores quando ele tava preso. Seymour Scagnetti é o agente de condicional do Mr. Blonde.

Assassinos por Natureza: Roteiro, 2 serial killers: Mickey e Mallory Knox que fugiam da polícia com um policial psicopata na cola deles que só queria prender os cara pra ficar famosão.

O nome do cara: Jack Scagnetti, que o Tarantino colocou no Cães de Aluguel. Só que ele mudou o primeiro nome dele, ou seja, o polícia e o agente da condicional são o mesmo cara. E ele escreve um best-seller e vira celebridade.

A trama do Cães de Aluguel é um bando que assalta uma joalheria e depois que os bandidos se executam no final do filme a gente vê que o Mr. Pink se dá bem e foge com a maleta. O Pulp Fiction começa com John Travolta e o Samuel L. Jackson indo pegar uma maleta na casa de uns garotos. A mercadoria que tá nessa maleta e não aparece no filme são os diamantes do filme Cães de Aluguel, sabe como isso? Porque na hora que o John Travolta abre a maleta um brilho intenso ilumina o rosto que só pode ser os diamantes ou então então uma super lanterna.

No Cães de Aluguel cada assaltante tem um apelido e o nome verdadeiro do Mr. Blonde é Vic Vega que é irmão do Vicent Vega que é o John Travolta no Pulp Fiction. São apenas detalhes que ninguém percebe. Outro detalhe por exemplo é o Mr. White (Cães de Aluguel) que antes de entrar pro bando era parceiro da Alabama (que casou com o Clarence no filme Amor a Queima Roupa que também é roteiro do Tarantino). O cara fez um filme só e dividiu em vários roteiros e ninguém percebeu.

A colombiana que dirige o táxi onde tá o Butch no Pulp Fiction é a mesma mulher doida que era viciada em assassinato em Eles Matam nós Limpamos (produzido pelo Tarantino). É ela que vai e mata o assassino do sangue azul, só que ficou grilada de ser deportada e foi dirigir táxi em Pulp Fiction com outro nome.

Em Eles Matam nós Limpamos tem um programa policial em que aparece a foto do Seth e Richard Gecko que sumiram no Texas e aí esses caras são os mesmos bandidos malucos (nomes e tudo) que quebraram tudo lá no filme Drinque no Inferno.

Tá tudo interligado.

No Amor a Queima a Roupa o Clarence é o próprio Tarantino, um cara nerd, viciado em quadrinho, filme B de kung-fu cujo alter-ego é o Elvis. Aliás esse filme começa com uma sequência foda de pancadaria estrelada pelo Sonny Chiba....

E daí o que o Tarantino faz?

Chama o Sonny Chiba pra ser o Hattori Hanzo (que é o cara que faz a espada pra noiva) no Kill Bill, aí pra quem não lembra foi com uma espada Hanzo que o Butch salva a vida, e o que tinha sobrado do cú, do Marsellus Wallace no Pulp Fiction.

Cara, a Mia Wallace do Pulp Fiction e a Noiva do Kill Bill são a mesma pessoa, é que ela troca de nome conforme o bandido que ela tá namorando. Por exemplo, antes dela ser a noiva do Bill ela era a noiva do negão no Pulp Fiction só que ele vaza depois de ver a fita da câmera de segurança da loja do Zed, onde o noivo dela tá sendo errabado.

No Pulp Fiction a Mia Wallace faz um programa-piloto pra TV onde ela é uma espiã especialista em facas e no Kill Bill ela é o que? Especialista em facas. Outro lance sensacional é que nos dois filmes ela se expressa muito através dos pés.

O xerife texano que investiga a chacina na igreja no Kill Bill é o mesmo xerife que é morto pelo irmãos Gecko no Drinque no Inferno. Os personagens vão amadurecendo ao longo dos filmes e outro que muda completamente é o Jules (Samuel L. Jackson em Pulp Fiction) que depois do milagre no Pulp Fiction ele larga o submundo do crime vai tocar de órgão em festa de casamento no Kill Bill.

Foda.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Os dias estão passando muito rápido. Engraçado, porque existe sempre o mesmo número de horas, e às vezes parece que ficam tão curtas para fazer tudo o que tinha planejado ao acordar. Tenho 24h.

Ainda bem que a tecnologia tem um papel fundamental em fazer a comida rapidamente, o advento do suco instantâneo (não tem o mesmo sabor, mas quebra um galho), carro (embora eu não tenha o dito ainda) e principalmente computador e internet, que permite ler hoje, notícias que no passado só seriam lidas amanhã.
Então tá. Se temos todas essas facilidades, porque sempre falta tempo? Falta pra ver todas as pessoas que queremos, pra passar o tempo de qualidade que desejamos, pra ir à academia sempre falta tempo. Dentista? Não tenho tempo, outra hora eu vou.

A velocidade me condicionou a viver várias coisas ao mesmo tempo. Enquanto trabalho, eu estudo e as vezes quando eu estudo, eu também trabalho. E me divirto, dependendo da situação. Misturando tudo enquanto escuto música e leio as notícias do dia. Tudo isso pra que? Talvez para ver o pôr-do-sol ou respirar o ar da manhã. Enfim, os motivos de cada um não importam. Por mim, você pode até ir pentear macaco que não estou nem aí. O que vale mesmo é aproveitar melhor o tempo que temos. Porque ele é pouco. Muito pouco. Tenho 32 e sou uma criança. Ainda estou nascendo e amadurecendo. Cada dia que passa descubro coisas novas que influenciam minha maneira de pensar e agir. Sinto coisas diferentes todos os dias. É igual comer o bolo de chocolate da vó. Me lambuzo e quero outro pedaço. Quero sentir de novo o gosto pra ver se é chocolate mesmo que eu prefiro. Mesmo que eu saiba que baunilha também seja muito bom. E tento aprender com isso em 24h. Enfim.

Não dá pra dizer o que vai ser do meu futuro. Nem do seu. Posso nunca chegar a ser adulto. Posso nunca aprender o suficiente pra dizer: "Sim, agora eu estou no lucro. Daqui pra frente eu to vivendo de graça".

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Papo de Deus com São Pedro, quando criaram o Rio de Janeiro.

- É, o visual ficou bonito!
- Mas, Deus, quem vai viver aí?
- Vamos botar gente trabalhadora, Pedro.
- Boa! Gente que rale!
- Tudo bem, mas cria o happy hour.
- Que tal pôr surfista? Corais…
- Surfistas, aprovado! Mas tira os corais pra não machucar os meninos.
- E a segunda-feira, Deus, mantém?
- Mantém! Mas capricha no domingo. Com futebol, praia e samba!
- Agora o clima.
- Vamos encher isso aí de gelo!
- Tá louco, Pedro? Eu quero sol o ano inteiro, com uma hora a mais no
verão! E coloca aí uma observação: pôr-do-sol cinematográfico!
- É, Deus, ficou bom, hein! Merece até uma estátua sua!
- Minha não… Eu não gosto de aparecer. Bota uma do meu garoto.

(coluna do Ancelmo Goes – O Globo online)

Quem somos nós?

Quem somos nós? Bom, na verdade nós não somos ninguém. Ou ao menos não somos ninguém com uma certa dose de importância para algumas pessoas que também não são ninguém para a maioria dos outros habitantes do mundo. É até engraçado como a gente realmente não faz a menor diferença na vida da maioria das pessoas, mas tem aquelas poucas na qual a gente faz e é para elas que escrevemos. Para elas que a gente fala o que a gente pensa (sim, a gente pensa!), ou seja, a gente não é ninguém, mas é ninguém pensante. Para você que não conhece a gente entender um pouco mais, a gente é amigo, a gente é irmão, a gente é mano, a gente é parceiro, a gente é pobre (por enquanto) mas a gente é limpinho, a gente é trabalhador, a gente é bom e principalmente a gente é honesto e a gente gosta de gente como a gente que quer ser mais que gente virtual, porque a gente gosta de gente real que vai com a gente no bar.

*Escrevi esse texto de abertura pra um blog chamado "inimigos do fígado". Era eu, o Mau e o Silvio.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Trechos Pensativos V

"Acho que as pessoas não sabem amar. Eles mordem, em vez beijar. Batem em vez de acertar. Talvez seja porque elas reconhecem como é fácil para o amor se dar mal e
tornar-se subitamente impossível ... impraticável, um exercício de futilidade. Assim, elas o evitam e buscam consolo na angústia, no medo e na agressão, que estão sempre lá e prontamente disponíveis. Ou talvez às vezes... elas apenas não têm todos os fatos."

Trechos Pensativos IV

"Raiva e ressentimento podem pará-lo. Isso é o que eu sei agora. Eles não precisam de nada para queimar o ar e a vida....e assim engole e sufoca. É real, a fúria, mesmo quando ela não é. Ele pode mudar você ... transformá-lo ... moldá-lo na forma de algo que você não é. A única vantagem de raiva, então ... é a pessoa que você se tornou. Você espera que um esse alguém acorde e perceba que não precisa ter medo de continuar a viagem, que esse alguém saiba que a verdade é, na melhor das hipóteses, uma história parcialmente contada. Que raiva, como razão de nosso crescimento, vem aos trancos e barrancos e se encaixa, e no seu rastro, deixa uma nova chance de aceitação, e a promessa de calma. Mas, o que eu sei sobre isso?"