terça-feira, 19 de novembro de 2013

O problema dos excessos de elogios começam na mediocridade do trabalho e em como nos tornamos inimigos de nós mesmos no quesito: fazer um bom trabalho. Parece incrível que hoje qualquer foto seja linda, qualquer texto seja ótimo e até que qualquer pessoa seja maravilhosa, e não me venha com alguma babaquice dizendo que a beleza interior é o que vale, etc, etc, porque não é disso que estamos tratando. Se você é um babaca que não sabe diferenciar isso, faça-me o favor de ir para outro blog porque seu lugar é em algum comitê politicamente correto onde encontrará outros babacas como você. Estou falando da mentira social, daquela que você conta só para elogiar alguém que realmente não merece. Existe um excesso de zelo com as pessoas. Ninguém quer magoar ninguém. É como se para viver eu tivesse que ter cuidado toda vez que faço uma crítica. Ninguém mais quer ouvir a verdade. As pessoas só querem ser elogiadas e do elogio não há nenhum ganho e se tudo está bem, não há razão de melhorar...

Pode parecer desumano criticar (com fundamento é claro, bater panela e dizer que está ruim sem conhecimento de causa não é crítica é a sua opinião), pode ser chato, mas na verdade não é. Trabalhos bons devem ser sempre elogiados e eu sou adepto do elogio como incentivo, o que não sou adepto é dizer que você é bom quando de fato você é médio ou ruim. Gosto muito mais dos professores que me detonaram e dos amigos que continuam detonando meus trabalhos ruins do que o cidadão que mente socialmente para não ter que dar explicações. Este tipo de atitude é muito nocivo primeiro porque o elogio é feito por alguém que não tem a capacidade de diferenciar um bom de um mal trabalho e isto acaba alimentando uma expectativa que não é real. É um duplo homicídio elogiar alguém sem fundamento. As pessoas precisam merecer. Elogiar de graça faz de você alguém bonzinho demais que ninguém respeita como profissional e que ninguém quer ter na equipe de trabalho ou até como parceiro de estudo. Além disso você se desvaloriza, pega tudo o que você aprendeu e por preguiça fica quieto e diz que está bom, este é o pior tipo de gente. Um tipo que diz, ah! vai assim mesmo, depois dou um jeito. Um tipo que foi, é, e sempre será medíocre.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Vida lúcida

"Quando olho para trás, vejo tudo o que já consegui na vida, tenho orgulho em dizer bla bla bla..."

Lendo frases que começam assim pode até parecer se tratar de uma avó ou de seus pais, tios mais velhos, mas não é, as pessoas têm essa sensação, esta mesmo que você tem, de que já fizeram muito na vida. Que me desculpem os adeptos, mas vejo nisto uma grande besteira. Este sentimento de ter produzido muito é irreal e pode ser várias coisas, entre elas, a de precisar ouvir mais elogios, ou de querer obtê-los quando não os merecemos ainda. Talvez devido a vida intensa de excessos que levamos pode levar a esta falsa impressão. Tudo hoje é superlativo. Conhecemos as pessoas 2 minutos e já as amamos perdidamente. Relacionamentos de 2 meses parecem uma vida inteira, empregos em que as 8 horas parecem 16 e por aí vai. Tudo parece ser demais pra gente. Bebemos demais, comemos demais, fazemos exercícios demais, tudo é demais e nós queremos mais. Não paramos realmente para entender se fizemos muito ou não, se era hora ou não, e na minha opinião não somos maduros para a maioria das decisões que tomamos, ainda somos jovens, crianças tentando entender como a vida acontece.

Ter 35 anos é somente o meu vigésimo aniversário do que eu considero uma VIDA LÚCIDA. Não lembro se escrevi sobre este conceito aqui alguma vez (até vasculhei no histórico mas não achei) mas é o seguinte: a sua idade cronológica não reflete sua idade real. Quando alguém diz ter 35 anos, de fato ela não o tem. Ela tem a idade cronológica (marcada desde o nascimento), mas quantos destes anos passamos totalmente dependentes dos nossos pais (tios, vós, etc) e quantos destes anos passamos sem realmente sofrer as consequências dos nossos atos? Se você começou a trabalhar cedo e a comprar suas próprias roupas e pagar algumas contas (ao menos as pessoais) então considere aquele momento como o seu nascimento real, porque tudo o que veio antes serviu apenas de prelúdio para o que de fato você tem agora: uma vida lúcida. Aquela na qual você diz algo sem pensar e alguém se machuca (e não apenas faz bico), você deixa de pagar uma conta e seu nome vai pro pau, enfim, você se torna responsável por toda sua vida minúscula e patética (sim, patética, todos nós somos e se você acha que é alguém, por favor assista este vídeo aqui). Isto talvez explique algumas coisas, como por exemplo o fato de que nossos amados pais também erram feio as vezes, oras, eles ainda estão aprendendo e nós devemos respeitar isso, temos que respeitar que cada um possui uma linha de aprendizado diferente e que a velocidade de absorção do que se aprende também é diferente.

Então me preocupa o fato de as pessoas quererem o reconhecimento imediatamente, quererem que desde agora a gente pense em como elas são bem sucedidas, ou em como elas merecem o que de fato querem (algumas realmente merecem mesmo). Tenha calma, viva primeiro, faça primeiro, seja bom primeiro, e com certeza você um dia merecerá muitos elogios, mas um dia, porque hoje talvez você ainda seja um adolescente lúcido ou apenas um jovem adulto errando mais do que acertando.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Convite

Não sei como algumas pessoas têm a coragem de escrever fotógrafo ao lado do nome delas... Eu estudo fotografia há 10 anos, equipamento há 4 e história e há 2 e me considero um idiota no assunto.
É muita vontade de ter um ofício, uma profissão ou simplesmente muita pretensão. Fotógrafo é alguém singular, com referências quase infinitas da formação da imagem, ciente de que seu equipamento de ponta é necessário para proporcionar a melhor composição e não o maior tamanho possível. Fotografia é uma religião, precisa ser estudada todos os dias, precisa de carinho, precisa que você seja inquieto, chato, meticuloso, que você veja sombras indesejadas onde todos vêem a perfeição, micro ondulações, vincos quase invisíveis, uma pequena pedra, uma folha fora do lugar... todas essas coisas gritam aos olhos de um fotógrafo competente. Sim, apenas competente. Porque isto é obrigação. Ultimamente eu vejo cópia nos trabalhos locais. Não apenas cópia, mas cópia da cópia da cópia da cópia que foi feita em 1920, 30, 40, 50, as vezes 60 e 70, ocasionalmente 80 e 90 e muito raramente vejo um trabalho com uma linguagem original, referenciado é claro, mas original, novo, diferente, o resto são luzinhas de recorte, efeito vintage do instagram, meninas no meio da floresta com ar teen, rebeldes sem causa segurando cigarros e muita, muita falta de criatividade. Se você está ofendido, não desconte em mim, desconte na pessoa que não leu, não estudou, não foi atrás de algo novo, não pensou antes de clicar...

Se eu fosse fotógrafo profissional (e por profissional entenda que é aquele que ganha dinheiro fazendo isso todos os dias) eu ficaria tranquilo. Aliás, muito tranquilo. Podem ter muitos fotógrafos por aí, cobrando preços ridículos (veja este cara aqui), canibalizando o mercado entre outros termos pejorativos que você que está lendo pode criar, mas eu te garanto, se você for bom, mas bom de verdade, nunca faltará trabalho. Falo muito esta frase: conhece alguém realmente competente que está desempregado? Eu não. Mas seja sincero. Ser muito competente carrega sempre muitas coisas, entre elas ser bom no que se faz, ser eficaz (que é diferente de ser bom) e não ser um completo babaca arrogante.

Procuro alguém pra exercitar a fotografia. Fazer trabalhos inusitados com linguagens diferentes, com estudo. Se você é fotógrafo e não é um babaca arrogante, me procure, deve ter um e-mail em algum lugar desse site que você pode me mandar ou então volte lá no facebook (se foi de lá que você veio) e me chame no inbox e a gente inicia este projeto. Preciso ver coisas diferentes, nem que para isso eu mesmo tenha que tentar fazê-las (sim, não há garantias do nosso futuro ficar excelente). Te espero.

domingo, 8 de setembro de 2013

Expectativa

A vida das pessoas gira em torno de cumprir expectativas. Podem ser as expectativas dos seus pais, podem ser as dos seus tios, dos seus irmãos, as suas, ou seja lá de quem você queira, mas o fato é que você faz algo por alguém, mesmo que esse alguém seja você mesmo. E podem ser aqueles pequenos de quando você criança, como andar mais rápido, falar mais rápido, ter boas notas na escola, dar menos problemas, fazer menos bagunça, ganhar um jogo de futebol, comparecer as aulas de inglês (com a tarefa pronta), qualquer coisa vale para agradar. Se você não supera estas expectativas é comum que as pessoas te ajudem (e devem fazê-lo sim) para que você possa superar, melhorar, enfim, de alguma forma transpor o obstáculo que está entre você e seu objetivo naquele momento por mais banal que seja. E tudo bem se precisar de ajuda mais de uma vez, aos poucos você vai pegar o jeito das coisas e daqui a pouco irá fazê-las sozinho. O legal é que depois de um certo tempo, e quando você está mais velho, estas mesmas pessoas não criam mais nenhuma expectativa absurda a seu respeito e a pressão diminui em todos os aspectos da vida. Não há mais aquela obrigação de estudar mais, ganhar mais dinheiro, ter relacionamento estável, filho, carro do ano, cuidar dos irmãos, prêmios e sei lá mais o que se espera de alguém. Mas a maior beleza nisso tudo é que as pessoas sempre querem te ajudar, elas esperam em algum nível que em algum aspecto, mesmo que seja banal da vida você não irá dar conta do recado e elas estarão sempre lá prontas, espertas e motivadas, seja com dinheiro, com palavras, com conforto emocional, seja com o entendimento da sua situação...enfim, elas estarão lá para isso tudo e mais um pouco e é claro que você deve aceitar, afinal toda ajuda é sempre bem-vinda, não há porque recusar, é um auxílio válido que todos gostaríamos de ter. O problema meu caro é justamente o contrário. O problema é você ter excedido todas as expectativas sempre, ter ido bem na escola, formado, pós-graduado, trabalhar 16h/dia e ter conquistado tudo sozinho sem a ajuda de quase que absolutamente ninguém e ter se recusado a pedir qualquer coisa por entender que os problemas que a gente cria, precisam ser resolvidos por nós mesmos. E sabe o que acontece com esta pessoa? Suas conquistas, por mais suadas que sejam, acabam por serem apenas normais. Não há mais expectativa, mas desta vez por algo inverso, não há mais expectativa porque as pessoas esperam que você seja imbatível, infalível e invencível. Ninguém entende porque deve te ajudar já que nunca precisou antes. Elas não entendem que você também precisa de conforto emocional, de uma mão amiga, e as vezes até de ajuda financeira pra melhorar algo que você acha que poderia ser mais justo. Existe uma áurea em torno deste tipo de pessoa que impede que as outras vejam a realidade, a de que todo mundo precisa de ajuda. Só porque não choro na sua frente, não significa que não choro. Só porque estou de bom humor sempre não significa que não tenho problemas. Só porque eu resolvo meus problemas, não significa que você não deva me ajudar com os próximos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Na média

Por que alguém quer estar na média? Não entendo. Estar na média significa que você é igual a todo mundo. Que nada te diferencia. Que você é simplesmente mais um. Significa que você não irá além daquilo que já foi programado para você, que tudo o que faz já é esperado. As pessoas aceitam estar na média, querem fazer parte dela, deve ser porque isto manifesta algum sentimento de pertencimento que as pessoas querem ter. Elas querem ser iguais as outras. Você vive dizendo que quer diferente, que é diferente, que pensa diferente, mas na verdade você é igualzinho a todo o resto. Sua nota está na média. Na minha época, vejam bem, a média era 7. Hoje, a média é 5. Você é mais medíocre que todos os medíocres da minha geração. Você está mais abaixo que aquele aluno do fundão que perturbava conversando toda hora, logo você, que achava que era diferente, é pior que ele, que tirava a média. E você não é só pior, é bem pior. De nota 7 para nota 5 tem uma perda grande. E você continua achando bom que está na média. Quem tem que agradecer sou eu que tenho emprego garantido por mais 50 anos no mínimo porque você é muito incompetente pra me tirar do mercado.
Olha, não sou religioso, nem pretendo ser. Mas tenho cérebro e tenho informação. E acredito que as pessoas que têm religião também tem ambos, então seria um absurdo eu pedir por favor pra ignorar o que o idiota do malafaia diz? Se não tudo, já que ele é radical, ignore 2 assuntos principais: qualquer coisa que ele vomitou sobre homossexualismo (ele está errado, muito errado, e se você concorda com ele, você, assim como ele é um ser humano abominável digno dos piores castigos imagináveis). E por favor ignore o que ele fala de política. Não vote em alguém apenas porque ele tem a mesma religião que você. Isto não é ser inteligente, isto é ter água de côco na cabeça em vez de um cérebro.

A doença

Importar médicos. Cubanos, Mexicanos, Chicanos, Africanos, Italianos, Germanos, Colombianos, realmente não importa a origem. Isto é consertar um erro com outro erro mais grosseiro ainda. É tratar o sintoma, só o sintoma. Até eu sei que só tratar o sintoma está errado. Não precisa nem ser médico pra saber que se você só tratar a tosse nunca vai curar a origem dela. É uma burrice sem tamanho. E o modelo também está todo deturpado. Fechar um acordo para que o dinheiro seja pago ao governo de outro país para que eles repassem a verba para os que trabalharam é de uma estupidez assustadora. Você dá ao outro governo o direito de dizer o quando, quanto e como. É um poder absurdo, um acordo absurdo a se fazer com um país que menospreza o seu cidadão e não dá o mínimo direito de ir e vir (porque no caso a maioria só quer ir e nunca mais voltar). Não somos mais uma república democrática? Não somos mais um país que incentiva isto nos outros países? Que incentiva a liberdade? Pelo visto não. Não sei o que pensar, a não ser que a única doença deste país sejam as pessoas que comandam ele.

domingo, 11 de agosto de 2013

Pai, a sua falta derreteu um pedaço da minha armadura e por ela entram e saem pedaços de mim. São 6 anos já e parece que foi ontem, mas segundo ouvi dizer será sempre assim.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Não acredito em destino. Não me parece lógico existir o destino. Tá eu não sou o homem mais lógico do mundo mas neste ponto parece que eu sou. A ideia de que existe algo por trás (ui, pode ser acima, abaixo, dos lados também), controlando todas nossas ações me parece um tanto antagônica quando falamos do nosso livre-arbítrio (ainda que ele seja fictício). Então eu acredito no trabalho sério. E acredito nele todos os dias. Acredito em fazer mais, em perder o sono, em se matar de trabalhar pra conseguir o que se quer, acho que nem sei ser de outro jeito. Faz mais de 5 anos que tenho mais de 1 emprego o que definitivamente não é mérito nenhum. Mas acho que as coisas só acontecem pra quem quer mesmo. Não essa coisa adolescente de querer hoje, insistir 6 meses no projeto e desistir, isto não é querer, isto é seu irmão mais novo fazendo aulas de caratê e desistindo depois de um olho roxo. Pra querer tem que desistir de algumas coisas, mudar, insistir, se ferrar, e principalmente parar de falar que a culpa é dos outros quando na verdade o incompetente maior é você. Sabe esse seu olharzinho de desdém? Esse óculos escuros retrô que usa pendurado no nariz? Sabe esse seu papinho patético e fútil? Pois então, tudo isso é você sendo incompetente e não fazendo o que deveria fazer que é derrubar as barreiras da sua própria mediocridade pra tentar deixar o seu legado nesta vida curta que a gente insiste em pensar que é pra sempre (aliás, me desculpe estragar, mas ela não é). E hoje, o interesse em melhorar me deu mais um indício de posso estar certo neste ponto em particular. Fiquei feliz. Não porque parece que estou certo, mas porque pude ver que pra algumas pessoas este mundo simplesmente não é o bastante.

domingo, 4 de agosto de 2013

Quanto mais eu sei menos eu sei

Uma realidade dura é que quanto mais eu leio parece que menos eu sei. E não é questão de falsa modéstia, é um fato. Os assuntos ramificam, criam braços, pernas, cabeças e aparecem um atrás do outro querendo minha atenção. Comentei esses dias em sala de aula que me sinto mal ao dormir, me sinto inútil, perdendo tempo e agora que estou estudando um pouco sobre o cuidar e o cuidado (sim, outro assunto) sei o quanto isto é senil. Minha cabeça ferve, ela pede mais e mais assuntos, novos métodos e fico perdido entre páginas, páginas e mais páginas de letras, figuras, textos, artigos, livros, aulas, apresentações, tudo em excesso, tudo prejudicial, tenho grande dificuldade em dar foco porque tudo é tão interessante tão legal, tão emocionante que preciso me alimentar de mais livros. Não sou nada clássico, não sento na minha biblioteca e devoro livros, eu faço isso da minha maneira, leio 5, 6 capítulos, todos de livros diferentes, as vezes até mais. É uma loucura eu sei. Eu funciono assim, sempre funcionei, multitarefa, multidisciplinar, multipessoa, faço tudo ao mesmo tempo mesmo, parte de uma geração carrega e em constante download. Os próximos meses devem piorar este cenário, torná-lo quase um pesadelo de aprendizado diário e é tudo porque eu quero exatamente assim.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Vejo muito nas mídias sociais um certo tipo de pessoa que promove revolução, revolta, discussão e por aí vai. Como minha timeline tem muita gente nova acabo por fazer um paralelo com a juventude brasileira das classes mais abastadas obviamente... Digo obviamente, porque com certeza não dá pra pensar que no sertão nordestino ou no interior (mais interior?) do Mato Grosso do Sul a população miserável que reside está conectada. Sendo assim, este paralelo é ainda mais assustador já que estamos tratando de uma classe teoricamente mais instruída, provida de informações e que entende o mínimo dos problemas e qualidades deste lindo país. Bom, muitas (não todas) destas pessoas que querem a mudança do país são as mesmas pessoas que sem querer (querendo) estão destruindo o Brasil com atitudes que consideram inofensivas. A primeira que posso citar é fumar maconha. Se caso o senhor que está lendo meu texto é um maconheirinho de plantão, eu lhe explico qual é sua parte no esquema que alimenta os mesmos corruptos e as mesmas injustiças que vossa excremência insiste em dizer que é contra:

Vamos dizer que que você gaste 30 reais comprando uma certa quantidade de maconha. A não ser que você tenha plantado, pode ter certeza de que o "produto" que está recebendo não é 100% puro, então, o custo de produção para esta mesma quantidade está bem abaixo disso. Sendo o tráfico de drogas uma empresa que não preza pela qualidade e não está nem aí para os seus consumidores, o senhor pagou 30 reais por algo que custou apenas 10 reais (uma estimativa conservadora). Este lucro de 20 pilas serve para refazer a operação, gasta-se 10 para produzir, e embolsa-se 10 pra os outros desmandos. Assim, de 20 em 20 reais, se multiplicarmos o número de pessoas por 1 milhão, teremos números absurdos com lucros mais absurdos ainda. O dinheiro ganho nesta operação é usado para várias coisas, fazer mais maconha, financiar a corrupção da polícia, financiar o armamento do tráfico, promover a violência, além do que a maconha pode servir de escada para outras drogas ainda mais fortes e mais nocivas, ou seja, quando você vai a boca e compra 30 reais de maconha, pode ter certeza, que em 1 ano esta sua grana, virou 1 milhão de reais nas mãos dos traficantes que você insiste em ir pra rua combater com cartazetes com palavras de ordem.

Escrever e compartilhar textos em mídias sociais não tem fazem uma pessoa melhor, o que te faz uma pessoa melhor é você parar de usar drogas, e se você faz uso, te digo uma coisa, seu lugar é na cadeia junto com os outros bandidos. Ser revolucionário com cama, comida quentinha e roupa lavada enquanto o senhor alimenta o banditismo no Brasil é uma enganação digna do que o governo faz com a gente todos os dias.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Preconceito virtual

Lendo um artigo que o Elton me mandou (o autor é o Hermano Vianna, pra ler o original clique aqui), me dei conta de uma situação real e que me incomodou amplamente e por isto resolvi escrever sobre o assunto. O facebook é elitista, bairrista e preconceituoso. Vou dar umas linhas pra você se acostumar com a ideia, porque ainda quero acrescentar outra palavra nesta lista: mentiroso (mas esta palavra será amplamente explorada em outro texto). Então acostume-se...
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Bom, lembro que assim como o autor do artigo quando eu conheci a internet ela ainda não tinha www e que nós que acessávamos éramos tratados como esquisitos e bitolados por todo o resto. A gente era nerd, cdf, estranho, não existia o termo bonitinho do geek e muito menos it-qualquercoisa (outro termo escroto), a gente era tachado de idiota mesmo, de babaca, de gente que não era legal... se jogasse RPG e videogame então aí era um palhaço completo, como eu. Neste momento quero fazer uma menção aos meus amigos palhaços, e dizer que todos sem exceção são profissionais bem sucedidos nas mais diversas áreas. Hoje isto não é padrão, nerd pode ser tão vagabundo quanto qualquer outro e na minha época acho que isto também era igual, a diferença é que o número de nerds ou aumentou ou saiu do armário pra usar um termo mais conhecido. Vamos ao ponto: o facebook.

Quando entrei no facebook, migrando do orkut por razões que me pareciam óbvias, não me dei conta que tinha sido afetado por uma certa soberba de que o orkut tinha virado um território empobrecido intelectualmente e visualmente. De maneira amplamente preconceituosa eu saí do orkut e passei a fazer campanha para outros fazerem o mesmo. Engraçado é que só convidei os que julguei intelectualmente a altura do novo ambiente e excluí automaticamente da minha lista os que achava que só trariam malefícios, gifs, textos imbecis, fotinhas de focas, coisas antiquadas e por aí vai e não me dei conta que é isto que faz um país decente: diversidade. Não tenho desculpas para minha atitude e sei que você deve ter feito o mesmo, então cabe aqui a primeira reflexão: Como a gente pode querer o bem estar de todos em todas estas manifestações se no primeiro momento possível queremos "conviver" apenas com as pessoas que julgamos serem adequadas a nós? É preconceito puro. É egoísmo, elitismo, bairrismo. E esta é a primeira noção de que o facebook está matando nossa capacidade de aceitação porque lá hoje a tônica é: se não gosto, excluo e excluo porque não quero tolerar, não tenho vontade de entender e muito menos aceitar. Além disso, a gente não se deu conta de que o facebook é uma empresa privada que visa o lucro. É um ambiente totalmente controlado que é regido por regras estabelecidas por gente que só espera obter lucro com a nossa presença. Claro que eles querem oferecer um produto bom, que entregue entretenimento social, etc, mas o objetivo final é ter lucro. E não me entendam mal, eu acho isso legal, sou a favor do capitalismo e das empresas obterem seus lucros de forma justa, mas existe uma confusão em relação ao facebook e meus olhos só abriram agora em relação a isso. O que a gente escreve lá só ficará online se o facebook quiser ou então se perderá no tempo e nada do que fizemos, falamos, registramos ficará para posteridade. Aliás, tem gente que nem "acessa" mais a internet, só o facebook por assim dizer. Parece que não há mais vida além disso, já pensou se o facebook fecha amanhã, como ficaria sua vida? Então eu acho que precisamos mudar de atitude (aqui reconheço meus erros e tentarei mudar), precisamos valorizar a diversidade de opinião. Precisamos ir além do facebook, precisamos sair do mundo virtual pra ver se a gente consegue ser gente real de novo. Este elitismo parece ter tomado conta em diversos aspectos e isto foi amplamente visto nas manifestações, foi amplamente visto nos diversos vídeos espalhados pela internet mas só visto por pessoas com conta no facebook. Espero que isto mude, espero sinceramente que mais mídias sociais apareçam pra combater o que hoje é um monopólio elitista e controlador. Por enquanto as perspectivas e prognósticos não são bons, veremos se as pessoas mudam, pra mudar este conceito de que legal é só aquela pessoa que faz de uma certa rede ou se veste de uma certa maneira, entre outros argumentos desta mesma natureza.

Chatices

Eu deveria escrever mais sobre as coisas que me incomodam, sobre os desmandos e principalmente o que eu acho ou não correto, mas me falta tempo, hehehe, mentira, me falta disciplina, falta de tempo é uma desculpa de adolescente, e isto eu não sou faz tempo. Não que tenha alguém interessado nas minhas opiniões, mas eu gosto de falar pra tirar do meu sistema, externar problemas e pensamentos de forma que eles fiquem gravados só porque eu gosto de ser chato e dizer: Tá vendo?! Faz X anos que falo isso ou falei isso mês passado, etc, etc... Faço isso de vez em quando em mídia social, mas lá é tudo muito aberto, e fixo exposto a interpretações que podem confundir com minha profissão e aqui vem quem realmente quer ler alguma coisa, então escrevo literalmente pra umas 5 pessoas de cada vez. Tá, então fica combinado, eu vou tentar escrever mais e você vem pra ler e se quiser escrever fique à vontade.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Geralmente a culpa do seu fracasso é toda sua, não é do seu pai, mãe, patrão, amigo, professor, sempre haverá desculpas. Rabo no meio das pernas, ou humildade para aqueles que não gostam de ouvir palavras mais duras, deveria ser uma das disciplinas ensinadas desde o ensino médio e obrigatória em todos os cursos e faculdades do país. Matemática, Física, Química, Biologia e Humildade. Tá faltando isso no ser humano (entre outras coisas), é muito melindre, muito rodeio, se está tá ruim, volta, engole o choro e faça direito, chorar pro papai, pra mamãe ou no canto não vai encobrir a sua incompetência.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Geral

Todas as coisas que fazemos têm uma consequência... ou para nós ou para alguém. Mas acho realmente preocupante que ao mesmo tempo a gente tenha uma imensa capacidade de mentir pra gente mesmo pensando que não vai maltratar ninguém.

Somos uns hipócritas isso sim. E somos todos os dias. Somos mentirosos inescrupulosos, somos vis e só não somos piores justamente por causa da tal consequência do dia seguinte. Somos aproveitadores baratos, gente sem valor. Se pudéssemos mentir sem que ninguém pudesse descobrir, mentiríamos toda hora e sobre tudo. Sobre a prova, sobre a beleza de uma pessoa, sobre um bom trabalho, sobre a felicidade, sobre trabalho, sobre dinheiro, mentiríamos uns para os outros na cara dura dizendo que somos totalmente felizes e que a vida é ótima e que este ano de 2013 será lindo e maravilhoso. Isso é uma mentira. É tudo mentira.

2013 será mais um ano, apenas mais entre os contáveis que temos pela frente, um ano como outro qualquer e olha que tenho mais motivos para achar que a minha vida vai ser diferente devido aos recentes fatos mas não acho não. Acho de verdade é que as pessoas complicam. Eu terei felicidades esse ano sim, terei tristezas, terei problemas financeiros, tomarei decisões importantes, terei brigas, tudo exatamente como foi 2012...Nada vai mudar. Para algumas coisas isso é ótimo, para outras é péssimo. Porque sei dentro de mim que preciso esperar mais uns 4 ou 5 anos pra realizar sonhos ou simples desejos.

Essa hipocrisia é geral. Todos somos assim. Mentimos sempre. Mentimos no facebook sobre nossa falsa felicidade, nossa falsa vida perfeita, sobre nossas falsas esperanças, sobre nossa falsa evolução. Mentimos até quando vamos na igreja rezar e lá fora seu carro está parado em local proibido, ou até mesmo na rodinha de reza antes da ceia de natal. Mentimos pros nossos filhos, pros nossos pais, pra todo mundo. Vale tudo pra gente ficar bem, pra gente não pensar no fim, não pensar nas coisas que não vão acontecer. E nós sabemos que coisas são não sabemos? Lá no fundo você sabe quais promessas não vão vingar. Você sabe direitinho o que não vai fazer mas diz que vai só para outros não encherem seu saco. Eu sei que você sabe. Todo mundo sabe. E você mente de novo e a gente acredita.