quarta-feira, 3 de março de 2010

Vingança

Bom, uma hora eu tinha que pagar pela minha vida mundana. E acho que guardadas as devidas proporções de doenças graves essa hora deve ter chegado. De uns tempos pra cá começaram a aparecer umas dores esquisitas (não, seu engraçadinho, na bunda não apareceu nenhuma dor!). Ou é dor de cabeça que teima a sumir ou então indigestões sem explicações. Eu me lembro de uma época não muito distante que dormir 2h da matina era normal, às vezes até as 4h rolava e no outro dia estava tudo bem, mesmo se eu tivesse de porre. Acordava sem olheiras, sem bocejos, sem maiores problemas de coordenação motora. Hoje a coisa tá um pouquinho diferente. Se eu não dormir ao menos 6h por dia a manhã seguinte começa uma luta. Primeiro pra acordar. Nunca vi alguém apertar o tal soneca tantas vezes que nem eu, e, aliás, aproveitando a deixa, queria saber por que meu soneca (ou snooze) me lega apenas 9 minutos adicionais antes do próximo alarme? É algum número tântrico?

Enfim, passada a sonolência debaixo do chuveiro (nunca gelado) me arrasto para me vestir e sim às vezes eu ainda durmo de toalha em cima da cama se é um daqueles dias em que fui dormir às 4h. Mas ok, talvez fosse um detalhe desnecessário sobre minha vida pessoal. Durante a manhã, fico praticamente imprestável. Só aperto botões. Não consigo funcionar direito nem depois de 1 litro de café. Afinal café é pra quem quer ficar acordado e eu já estava dormindo, então o café não reverte automaticamente o efeito da falta de sono, é preciso esperar o fim do dia (e da noite) pra começar a funcionar aquela dose de cafeína ingerida pela manhã. Depois disso melhoro muito e vou de vento em popa. À noite o agravante é que meu relógio biológico teima em dormir de novo e recomeça o ciclo até eu tomar vergonha na cara e desligar a porcaria da televisão.

Mas tudo isso, só serviu pra me auto-explicar que nesse momento da minha vida sinto que meu corpo começou uma mirabolante vingança contra mim. Estou pagando por todas as noites mal dormidas, pela quantidade ridícula de álcool que tomei, por todos os litros de gordura (hidrogenada ou não) que comi e pelas comidas mais mirabolantes que tive o disparate de fazer. Ok. Mea culpa. Não precisa provar mais o seu ponto de vista. Vou tentar me cuidar um pouco melhor pro senhor durar alguns anos mais. Prometo. Quer dizer, prometo tentar. Mas por favor, me tire essa dor insuportável das pernas antes de dormir.

Um comentário:

  1. Quando a barreira dos 30 é ultrapassada a coisa fica preta.

    Vamos todos de mão dada tocar a vida que nos resta! Viva!

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